26 de set. de 2016

23-09-15


o J a z z
um leve toque


com a garra
de unhas de aço
da rocha

o Perfume
Uma benção de maldições

Batom
Castigo com premiações

A juventude que me fez levitar tinha o lastro de antigas encarnações
Eu fui arrastado, Senhor. Mas sei das minhas falhas

Vi e senti um mundo cair sobre sobre mim. E este não é o dramático. Este sou eu.

Levado por devaneios humanos e mundanos abusei dos sentidos e dádivas e trilhei provações tremendas que me deixaram muitos "bad clusters" na mente...


25-09-16

Ele tomou a bebida das oferendas

Era um dia de cão
dor e sofrimento na cidade

A solidão o pegou firme naquele tempo

Um frio no coração

A cabeça quente como uma chapa de padaria

A alma vazia e machucada, cicatrizes de fatos temerários
de desilusões de grandes dimensões.

Ele tomou a bebida das oferendas
espantou os cães das beiradas da cidade...

Whisky japonês, torta escocesa, relógio francês
espada baiana, terno holandês, charuto italiano,
batuque alemão, vinho suíço, nazista cubano...

A música era indigesta, toda letra revogada,
todos órgãos rejeitados.

A chapa da cabeça fritou o cérebro que derreteu e saiu pelo nariz,
mas a enxaqueca continuou, estranhamente (?)

Aquele foi um dia de cão, de tantos tempos
se arrastando, sendo humilhado pelos minutos,
julgado a cada hora nova e velha.

Mas o dia seguinte chega para o justo humano
que segue, que valoriza a vida ainda que insana.

Só viu quem foi, só sabe quem passou...