17 de dez. de 2014

XENOFOBISMO VELADO

Sendo passageiro relativamente freqüente de viagens internacionais tenho de expressar o meu descontentamento com o comportamento, ao meu ver inadequado, de inúmeros compatriotas.

De tal feita que ao encontrar-me com tais indivíduos supera o sentimento de alegria e familiaridade uma repulsa aos modos de minha gente.

É um bufar asqueroso a quaisquer cinco minutos de atrasos decorrentes dos embaraços comuns das operações de embarque, desembarque e aduana.

É um irritante xenofobismo velado seguido de uma falta de interesse pela cultura, língua e forma de ser dos outros povos.

Seria pedir demais um “thank you” ou “muchas gracias” de povo tão ilhado em seu idioma e costumes?

Um simples sorriso ou olhar empático teriam o mesmo efeito, mas a delicadeza é demasiado escassa...

O fato de raramente viajarem sós, estando quase sempre em número superior a três, lhes incrementa a natureza insular e o nauseabundo ruído de comentários jocosos sobre os tipos genéticos e acentos estrangeiros.

O que anda acontecendo?

Que processo deletério da educação e regras de bom comportamento social tem ocorrido?

Meus pais não me ensinaram assim, tampouco o fizeram os dos meus melhores amigos.

Me nego a aceitar a dura realidade de pertencer a uma minoria a pouco e pouco esmagada.

Tenho ainda que relatar importante feição deste fenômeno. Ele nada tem a ver com o poder aquisitivo ou classe social. Até me arrisco: é justamente nas classes sociais mais abastadas que se prolifera com mais intensidade tal anomalia comportamental.

Não quero pertencer a um país de novos ricos incultos e mal educados que desconhece ou finge não ver os problemas de seu próprio país! Não quero e nego-me a tal.


Aos que lêem esta mensagem fica a opção de aceitar esta atitude deturpada ou combatê-la da única forma possível: a boa educação de nossas crianças.

12 de dez. de 2014

12-12-2014

Primeiros a chegar
Últimos a sair
Os últimos serão os primeiros
que serão os últimos
que serão os primeiros
que serão os últimos
que serão os pioneiros
Granola tradicional
com mel de mentira
que serão os únicos
que serão os primórdios
que serão falidos
poeta faMinto
poema Garrido
que serão os penúltimos
que serão os inteiros
poema safado
poeta acabado