27 de out. de 2016

02-09-16

Nos submundos gelados e quentes
Há subcéus estrelados

Sacerdotes e oráculos da imensidão da verdade estreita das ruas

Relances de consciência no clarão da embriaguez mais escura

Ele passa pelas esquinas

Algo está errado, tem de estar

Ela assume uma forma nova, bem antiga

Ele joga o cigarro, a humanidade vai com o cigarro, fica a raiva

Ela não vê que o cigarro da marca mais repugnante continua aceso nas dobras do asfalto, mas já sabe tudo que precisa

"- Você não é daqui, não é mesmo?"
"- ..."
"- Uma garota daqui não repara se eu não apago o meu cigarro direito!"
"- Qual cigarro?"

Ela devorou a isca, mas sempre soube que havia por trás o caçador.

Normalmente a isca lhe basta e a caçada continua, nas horas eternas entre o fim do dia e o momento mais belo antes do amanhecer, o outro lado da manhã...