02-09-16
Nos submundos gelados e quentes
Há subcéus estrelados
Sacerdotes e oráculos da imensidão da verdade estreita das ruas
Relances de consciência no clarão da embriaguez mais escura
Ele passa pelas esquinas
Algo está errado, tem de estar
Ela assume uma forma nova, bem antiga
Ele joga o cigarro, a humanidade vai com o cigarro, fica a raiva
Ela não vê que o cigarro da marca mais repugnante continua aceso nas dobras do asfalto, mas já sabe tudo que precisa
"- Você não é daqui, não é mesmo?"
"- ..."
"- Uma garota daqui não repara se eu não apago o meu cigarro direito!"
"- Qual cigarro?"
Ela devorou a isca, mas sempre soube que havia por trás o caçador.
Normalmente a isca lhe basta e a caçada continua, nas horas eternas entre o fim do dia e o momento mais belo antes do amanhecer, o outro lado da manhã...